TEXTO EM VERSOS X TEXTOS EM PROSA E ATIVIDADES ...LING. PORTUGUESA

06/03/2016 15:01

TEXTO 1:

 

PROSA X VERSO

                                            

 

                                             Típica redação em prosa.

O texto escrito pode se apresentar de duas formas: em Prosa ou em Verso. Não há, pelo menos por enquanto, uma terceira via.

Muitos estudantes confundem os dois, principalmente quando os vestibulares e concursos solicitam que se escreva um texto em “prosa”, ou coisas do gênero, anulando a redação se escrever em forma de “verso”.

Pode-se dizer que a prosa é todo texto corrido, que utiliza as margens completas da folha, que está agrupado em frases, períodos, orações, parágrafos, capítulos, etc.

Já o verso se percebe visualmente, pois é o texto que não utiliza as margens completas, é estruturado em versos (também chamada cada linha do poema), que se agrupam em estrofes, que podem levar em consideração aspectos como ritmo, rima, métrica, tônica, entre outros. Não que a prosa não tenha esses elementos, porém são mais comuns no verso.

Mas o que geralmente os alunos confundem é a questão da POESIA. Aí é que o bicho pega, pois POESIA tanto pode ter na prosa quanto no verso. Eis o problema. 

Primeiro, há uma grande discussão teórica sobre o que venha a ser isso que se chama POESIA. A depender da época, muitos divergem sobre o assunto, no entanto, a maioria acredita que seja um estado poético, em que o autor consiga criar imagens, catarse, marcar uma linguagem única, despertar sensações e emoções, enfim, tocar outrem com o seu escrito.

Quem gosta de ler as crônicas de Rubem Braga, por exemplo, pode se deparar com prosas poéticas lindíssimas ou quem lê os sonetos de Vinícius de Moraes pode se maravilhar com belos versos apaixonantes.

Em segundo lugar, o contrário também acontece, ou seja, pode não se ter poesia nem na prosa e nem no verso. Exemplo: este texto não é poético e está sendo escrito em prosa, assim como uma receita de bolo é em verso e não tem poesia.

Prosa e Verso (ou Poema) é a forma em que o texto pode aparecer; já a Poesia é um gênero.

Sacou?

PROCEDIMENTOS DE LEITURA

Na prática da leitura, o aluno deverá localizar informações explícitas e inferir as implícitas em um texto. As informações implícitas exigem maior capacidade para que possam ser inferidas, exige que o leitor extrapole o texto e reconheça o que não está textualmente registrado e sim subentendido  ou  pressuposto.  É  preciso  identificar  não  apenas  a  ideia,  mas  também  ler  as entrelinhas, o que exige do Na leitura e interpretação dos textos deve-se também distinguir os fatos apresentados da opinião formada acerca desses fatos em textos narrativos e argumentativos.

            Reconhecer  essa  diferença  é  importantíssimo  para  que  o  aluno  possa  tornar-se  mais crítico, de modo a ser capaz de distinguir o que é um fato, um acontecimento, da interpretação que lhe é dada pelo autor do texto.

Descritores

 

D1 - Localizar informações explícitas em um texto.

D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

D4 - Inferir uma informação implícita em um  texto.

D6 - Identificar o tema de um texto.

D14 - Distinguir um fato da opinião relativa a esse respeito

TEXTO 2:

Leia o texto:

                                                              UM CARDÁPIO VARIADO

Os besouros estão em toda parte do planeta.  Para eles, a natureza é uma fonte inesgotável de alimentos. Veja só: O serra pau tem esse nome porque se alimenta de madeira. Uma espécie é chamada de rola-bosta, por sua preferência por excrementos, enquanto outra tem hábitos mais “refinados”, pois só come pétalas de flores.

O bicudo e a broca são terríveis para a lavoura do algodão; o bicudo come a flor antes dela abrir-se, enquanto a broca ataca a raiz, enfraquecendo a planta.

A joaninha, que também é um besouro, ajuda a combater as pragas das plantações. Ela chega a comer cerca de 20 pulgões por dia.

Há também besouros que adoram uma biblioteca, mas ali não vão para uma boa leitura, e sim para devorar os livros. Nesse caso, são as suas larvas que perfuram as capas dos livros, causando o maior estrago.

   Fonte: Adaptado de Globo Ciência: Ano 2, nº. 20.

 

1. O besouro que prejudica a agricultura é o:

 

a) Serra pau.

b) Bicudo.

c) Joaninha.

d) Rola-bosta.

Leia a fábula abaixo:

O leão e o rato

Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto. Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, quando o Rato suplicou:

- Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua bondade.

Rindo por achar ridícula a ideia, assim mesmo, ele resolveu libertá-lo.

Aconteceu  que,  pouco  tempo  depois,  o  Leão  caiu  numa  armadilha  colocada  por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se.

O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse:

- O senhor riu da ideia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe, que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.

 

Moral: Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais aliados.

                                                                                         

                                                                                           Fonte: https://sitededicas.uol.com.br/fabula3a.htm

 

2. Quando o rato dirige-se ao leão trata-o como “Senhor”. Essa forma de tratamento indica:

a) Inferioridade do leão.

b) Superioridade do rato.

c) Respeito do rato para com o leão.

d) Humildade do leão.

Leia o texto:

A galinha medrosa

 

Logo  ao  nascer  do  sol,  uma  galinha  medrosa,  que  acordou  antes  das  outras,  saiu  do galinheiro.

Ainda tonta de sono e meio distraída, viu a própria sombra atrás dela e levou o maior susto:

- Cocó... cococó... cocoricó... socorro! Tem um bicho horroroso me perseguindo! Cocoricó... cocoricó...

E saiu correndo pra lá e pra cá, toda arrepiada, soltando penas para tudo quanto é lado.

A barulheira acordou as outras galinhas que, assustadas saíram do galinheiro (...)

                                                       Fonte: LACOCCA, Liliana e Michele. A galinha e a sombra. SP: Ática, 1990.

 

3. De acordo com o texto, o que provocou medo na galinha:

 

a) Acordar com o nascer do sol.

b) Ver sua própria sombra.

c) Acordar antes das outras.

d) Ver um bicho no galinheiro.

 

Leia  o  texto  abaixo  que  pertence  ao  “Manual  de  Etiqueta:  33  dicas  de  como  enfrentar  o aquecimento global e outros desafios da atualidade”.

 

[21] “Ao fazer compras, leve sua própria sacola, de preferência as de pano resistente”, aconselha o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young. Com esse gesto simples, você deixará de participar da farra

das sacolinhas plásticas, que entopem cada vez mais os lixões das grandes cidades.

 

4. O conselho dado por Ricardo Young pretende:

 

a) Contribuir para a preservação do meio ambiente.

b) Evitar desperdício das sacolas plásticas.

c) Vender mais sacolas de pano.

d) Evitar entupimento dos bueiros.

 

Leia a reportagem da revista Recreio para responder as questões 5 e 6:

Dentes limpinhos

 

As primeiras escovas de dente surgiram na China por volta de 1498. Eram feitas de pêlos de porco trançados em varinhas de bambu.  Essas cerdas foram trocadas depois por pêlos de cavalo, que não eram ainda o material ideal, pois juntavam umidade e criavam mofo. A melhor solução apareceu em 1938, quando surgiram as primeiras escovas com cerdas de náilon, usadas até hoje.

 

Fonte: Revista Recreio, nº 177, 31 de julho, 2003, p.26, Editora Abril.

 

5. As escovas de hoje são feitas de:

 

a) Pêlos de cavalo.

b) Cerdas de náilon.

c) Cerdas da China.

d) Pêlos de porco.

 

6. Segundo o texto, as escovas de pêlo de cavalo foram substituídas pelas de náilon por que:

 

a) havia pouca matéria prima.

b) os pêlos de cavalo era anti-higiênicos.

c) os pêlos de cavalo causavam dor na gengiva.

d) os pêlos de cavalo juntavam umidade e criavam mofo.

 

Vulcão ativo em Io

Em outubro passado, a sonda Galileu, da Nasa, sobre-voou Io, um dos quatro maiores satélites  de  Júpiter  - os  outros  três  são  Ganimedes,  Calisto  e Europa.  Ela conseguiu  registrar imagens espetaculares de um campo de lava próximo a um vulcão em erupção, de onde escapam pequenas nuvens de gases (...).

 

(Galileu, no 101, dez/99)

 

7. Na frase “Ela conseguiu registrar imagens espetaculares...” a palavra registrar tem o mesmo sentido que:

 

(a) documentar.

(b) escrever.

(c) reter.

(d) marcar.

 

Leia:

 

Classe Mista

“M  ninas, meninas,
do lado de lá.

Meninos, meninos,
do lado de cá”.

Por que sempre dois lados,

corredor no meio,

professora em frente,

e o sonho  de um tremor de terra
que só acontece em Messina,
jamais, jamais em Minas,
para, entre escombros, me ver Junto de Conceição até o fim do curso?

 

Carlos Drummond de Andrade

 

8. A palavra escombros no texto significa:

 

(a) coração destruído.

(b) entulho típico de Minas Gerais.

(c) barulho do terremoto.

(d) ruínas da sala de aula.

 

O que são textos em "Prosa" e/ou em "Versos"?

 

Quando falamos de um texto, há sempre aquela pergunta típica de nossa professora: "Este texto é em versos, ou em prosa?" E aí? 

 

Veja os conceitos:

 

ProsaSão chamados Textos em prosa todos os textos que são escritos com parágrafo. Narrativas são um exemplo clássico de textos em prosa.

 

Ex:

 

O Corvo e o Jarro

 

        "Um corvo morria de sede e se aproximou de um jarro, que uma vez vira cheio d'água. Mas, desapontado, verificou que a água estava tão baixa que ele não podia alcançá-la com o bico. Tentou derramar o jarro mas era impossível: o jarro era pesado demais.

      De repente, viu ali perto um monte de bolas de gude. Apanhou com o bico uma das bolas e jogou dentro do jarro. Depois outra. E outra mais. E outra. E a cada bola que jogava, a água subia. Jogou tantas bolas dentro do jarro que a água subiu-lhe até o gargalo. E o corvo pode beber.

"Onde a força falha, a inteligência vence."

Fábula de Esopo

 

Retirado de: https://www.contandohistoria.com/o_corvo_e_o_jarro.htm

 

·                     VersoSão os escritos sem parágrafo, com uma oração por linha. Os poemas são sempre escritos em versos.

Ex:

O Bicho

Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

 

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

 

O bicho, meu Deus, era um homem.

 

                          Manuel Bandeira

 

Entendeu?

Agora, quando te perguntarem, você já sabe.

 

Extraído de https://blogaprendizdeescritor.blogspot.com.br/2013/03/o-que-sao-textos-em-prosa-eou-em-versos.html em 06/03/2016

 

TEXTO 3:

POESIA, POEMA E PROSA

Um simples questionamento emerge como sendo a mola propulsora dessa discussão que por ora travamos: poema ou poesia? Pode-se dizer que por mais que estes termos sejam utilizados de forma recorrente, muitos ainda acabam confundindo e achando que se trata de dois elementos sinônimos – concepção essa materializada de forma errônea, equivocada.

Pois bem, caro(a) usuário(a), gostaríamos de deixar bem claro que para entendermos acerca de tais definições, temos de estar cientes de um fato: existem aqueles textos em que prevalece o sentido denotativo da linguagem e aqueles em que o olhar subjetivo emerge por parte do emissor e do receptor, sobretudo. Nesse sentido, equivale afirmar que poesia se refere àquela circunstância de comunicação em que prevalecem algumas intenções voltadas para a subjetividade, para as múltiplas interpretações. Nesse ínterim, os recursos advindos do próprio emissor se tornam plenamente válidos, haja vista que o objetivo não é o de informar, instruir, mas sim o de entreter, provocar emoções, despertar sentimentos. É o que chamamos de função poética da linguagem, pois nela prevalecem a sonoridade, a combinação das rimas, o jogo de palavras, o uso de figuras de linguagem, o uso de imagens, enfim. Partindo desse princípio, hemos de convir que a poesia se define como estado de alma, fruição, sentimentalismo.

De tal estado, ou seja, de tal intenção demarcada por parte de quem escreve, provém o que chamamos de poema, considerado, portanto, uma unidade da poesia. Trata-se de uma construção que se difere daquela que convencionalmente costumamos encontrar em um texto em prosa, ou seja, caracterizada por um início, meio e fim através de parágrafos. Ao constrário de tal construção, o poema se efetiva por meio de versos, os quais, uma vez reunidos, compõem o que chamamos de estrofe.  Lembrando que esses versos podem ser constatados como sendo cada linha do poema.

 Cremos, portanto, que tais elucidações tendem a se tornar ainda mais efetivas quando partimos  para exemplos concretos, os quais nos possibilitam demarcar a presença dos elementos já citados. Por isso, vejamos:

Soneto de separação

 

De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma

E das bocas unidas fez-se a espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto

 

 De repente da calma fez-se o vento

Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento

E do momento imóvel fez-se o drama

 

 De repente não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente

 

 Fez-se do amigo próximo, distante

Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente

                          Vinicius de Moraes

 

Deparamo-nos com uma construção poética demarcada por dois quartetos e dois tercetos, o que nos faz dar conta de se tratar de um soneto. Nele verificamos a presença de outros elementos, tais como a sonoridade, a materialização das rimas, entre outros.

         Agora, ao nos atermos a alguns textos, tais como o artigo de opinião, o editorial, os textos científicos de uma forma geral, entre outros exemplos, estamos, sem nenhuma dúvida, constatando que são textos escritos em forma de prosa, ou seja, são estruturados em parágrafos e possuem início, desenvolvimento e fim. Dados tais atributos, partimos então para um exemplo de artigo de opinião, sob a autoria de Lya Luft, colunista da revista Veja:

 

TEXTO: 4

 

Prosa e verso

 

Se você gosta de poesia, certamente já ouviu falar de textos escritos em prosa e outros em verso. Como leitor, ambos podem parecer bonitos para você, mas estas formas contam com importantes diferenças no momento da escrita, do mesmo modo que há diferenças entre a fábula e o conto ou entre o conto e a novela. Quer saber qual é a diferença entre prosa e verso? Em umComo.com.br explicamos tudo com detalhe.

 

·           Prosa

prosa é a forma que adotamos para escrever de maneira natural, expressando as ideias como surgem no nosso pensamento, sem precisar seguir regras que nos indicam a medida que devem ter as linhas que escrevemos, ou o ritmo das mesmas. Na prosa, por exemplo, as frases não têm necessariamente que rimar, e a escrita não tem regras estritas como no caso do verso.

Um exemplo de prosa seria:

"Caminho sem luz, desemboca em minha alma uma dor profunda. Procuro você, mas não o encontro em nenhum lugar, só encontro uma aura, um fantasma, a lembrança que me nego a soltar enquanto me sumo na escuridão".

·           Verso

verso é uma composição poética escrita considerando a métrica das sílabas e o ritmo das frases. No verso utilizam-se elementos como os acentos, as pausas ou o som similar das palavras para criar uma narração com rima. Trata-se de uma das formas mais comuns de poesia que podemos encontrar, mas sua escrita não é tão livre como a prosa, no entanto o resultado final é igualmente bonito.

Um exemplo de verso seria o escrito pelo poeta Pablo Neruda em seu livro 20 Poemas de Amor e uma Canção Desesperada:

"Gosto quando você se cala porque é como se estivesse ausente,

e me ouve desde longe, e minha voz não toca você.

É como se os olhos tivessem voado

e como se um beijo fechasse sua boca."

Diferenças entre prosa e verso

Considerando ambos os conceitos, as diferenças entre prosa e verso seriam:

o      A prosa está escrita de forma natural, enquanto o verso deve cumprir certas medidas e ritmo.

o      A prosa não tem necessariamente que rimar, enquanto no verso a rima é fundamental.

o      Na prosa não há métrica, mas nos versos considera-se a quantidade de sílabas de cada frase.

·              Se deseja ler mais artigos parecidos a qual é a diferença entre prosa e verso, recomendamos que entre na nossa categoria de Poesia.

                                                                                                Por Vânia Duarte Graduada em Letras

 

Extraído de https://artes.umcomo.com.br/articulo/qual-e-a-diferenca-entre-prosa-e-verso-15054.html em 06/03/2016